Não espere encontrar nenhuma Fontana de Trevi entre os chafarizes de Lisboa, inclusive, alguns deles nem estão em bom estado de conservação, mas essa visita é interessante para conhecer um pouco da história e urbanização da cidade, além de ser uma oportunidade para caminhar pelas ruas antigas, passando pelo casario colorido e por vários grafites bem legais.
O surgimento de muitos deles está ligado à construção do grande aqueduto das Águas no século XVIII. Foi iniciativa de D. João V (que pode ser considerado o Luiz XIV de Portugal) para resolver a questão do abastecimento da cidade, já que a água do rio Tejo não era propícia para utilização. Entretanto, há também alguns chafarizes muito mais antigos, construídos pelos mouros no século XIII, e estes eram abastecidos por fontes locais.
No percurso entre os chafarizes, passamos pelas regiões mais turísticas, históricas e charmosas da cidade: começando pelo Chafariz do Rato (Rua do Salitre 235), descemos em direção a Santos-O-Velho onde está o Chafariz da Esperança (Largo da Esperança); a partir daí, começamos a subida para o Chafariz do Carmo (Largo do Carmo,4) passando pelo Chafariz do Século (Rua de O Século) no caminho. Descemos novamente, desta vez em direção à Santa Apolônia onde estão o Chafariz D’El Rey (Largo do Terreiro do Trigo) e o Chafariz de Dentro (Largo do Chafariz de Dentro), os mais antigos e emblemáticos de todos. Finalmente, seguimos em direção ao Chafariz do Intendente (Rua da Palma, 290) e terminamos no Chafariz do Vinho (Rua da Mãe D’Agua/Praça da Alegria), cujas instalações foram aproveitadas por uma enoteca, o que é uma boa notícia, pois dá a chance de terminar o passeio degustando uma taça de vinho!
Agora uma dica: mesmo estando a água tão em evidência nesse passeio, não deixe de levar sua garrafinha de água mineral, pois desses chafarizes não vai conseguir uma gota sequer! Quem avisa, amigo é!